No âmbito das ações C6.1 – “Restauro de habitats para as aves marinhas nos ilhéus” e D5.1 “Monitorização de habitats terrestres, espécies e problemas de conservação” do projeto LIFE IP AZORES NATURA, uma equipa da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas instalou 103 ninhos artificiais, feitos de barro, no Ilhéu do Topo, escolhendo a zona mais promissora do ilhéu para aumentar a probabilidade de ocupação dos ninhos.
Foi ainda realizada a prospeção noturna acústica passiva, com deteção de cagarros (Calonectris borealis), estapagados (Puffinus puffinus) e painhos de Monteiro (Hydrobates monteiroi), bem como a prospeção de ninhos na área de nidificação de procellariiformes, a qual foi determinada através da prospeção acústica. Deste modo, foi possível confirmar a nidificação do cagarro e do painho de Monteiro no ilhéu, georreferenciando vários ninhos com adultos e ovos. Um dos ninhos de painho de Monteiro estava ocupado por um indivíduo anilhado no Ilhéu de Baixo, Graciosa, pelo investigador Luís Monteiro em 1999, tendo pelo menos 24 anos!
A equipa do Serviço de Ambiente e Alterações Climáticas de São Jorge confirmou ainda a nidificação de garajaus (Sterna spp.) no ilhéu, identificando 25 ninhos, três dos quais com cria, e os restantes com ovo(s).