Este mês está a decorrer o censo de Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) em todo o arquipélago. O censo está a ser realizado até 31 de maio por diferentes equipas compostas por elementos da DRAM, SPEA, DRAAC, DOP/OKEANOS e os PNI’s. A monitorização tem início com a volta à ilha de barco e identificação das colónias de gaivota existentes; as colónias onde a contagem de ninhos não é possível desde o mar são visitadas posteriormente por terra. Nas colónias inacessíveis, o levantamento é feito mediante drone. Até a data, o censo realizou-se nas ilhas das Flores, Corvo, Pico, Graciosa (Ilhéu de Baixo) e Santa Maria (Ilhéu da Vila).
No Ilhéu de Baixo, foi registado um decréscimo acentuado em comparação com os censos anteriores: 1984 – 260 casais reprodutores, 2004 – 320 casais reprodutores, 2015 – 229 casais reprodutores, 2021 – 46 casais reprodutores. Este decréscimo pode revelar a melhoria na gestão de resíduos desde 2016, ou algum surto que tenha provocado a morte da população, e terá que ser analisado em pormenor.
No entanto, só após terminar o censo nas restantes ilhas poderemos tirar conclusões relativamente à tendência populacional desta espécie numa escala regional, em comparação com os censos regionais realizados em 1984 e 2004. Este censo enquadra-se na ação D5 “Monitorização de habitats terrestres e marinhos, espécies e problemas de conservação” do projeto LIFE IP AZORES NATURA.
Uma nota positiva, durante o censo no planalto do Ilhéu de Baixo foi descoberta uma grande população de Myosotis maritima. Anteriormente, pensava-se que neste ilhéu apenas existia uma pequena população com alguns indivíduos.